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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Musicos Instrumentistas Santaneses e Casa Brasil Unidade Santana lançam o Projeto Música Instrumental Para Todos

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Acontece nesse próximo sábado (dia 27 de junho de 2009) no Auditório da Casa Brasil Unidade Santana, a partir das 19:00 h, o lançamento do Projeto "Música Instrumental Para Todos".

O referido projeto é uma iniciativa de músicos instrumentistas de Santana com o apoio da Coordenação da Casa Brasil, onde o mesmo tem como propósito valorizar as expressões artísticas e musicais do povo santanense e amapaense, contribuindo assim, com o desenvolvimento cultural local e propiciando formas alternativas de opções de lazer e entretenimento.

Em outras palavras, o projeto visa promover a Música Instrumental no sentido da promoção da diversidade musical e reiterando a importância da abertura de mais espaços para a movimentação da cena instrumental local. Visa também desenvolver em toda a comunidade santanense e amapaense a formação de público e platéia ouvinte das mais variadas músicas e estilos tais como: MPB, Blues, Jazz e Pop Rock nacional e internacional, etc.

Tom Campos (guitarista), um dos idealizadores do projeto, lembra que a iniciativa não visa apenas à quantidade de atrações reunidas para uma apresentação, mas principalmente visa a variedade de sonoridades de grande qualidade artística que serão apresentadas ao público. E diz mais, que um dos objetivos específicos do referido projeto é dar oportunidade para os músicos instrumentistas mostrarem suas diferentes trajetórias, influências e propostas estéticas. Portanto, visando em comum, a revelação de novos talentos da música instrumental santanense e amapaense. Lembrando ainda, que após o lançamento do projeto, haverá mais uma apresentação (em julho) na Casa Brasil, depois o projeto percorrerá os mais diversos logradouros públicos do município de Santana.
Todos estão convidados a conferir esse raro momento de se ouvir uma boa música e de qualidade. Não esquecendo que a entrada é franca.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Diferença entre Umbanda e Kardecismo

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É comum a controvérsia de uns e de outros, quanto a Umbanda ser um "aspecto" ou modalidade do chamado Espiritismo dito de Kardec. Estes estudiosos parece que não estudaram a "coisa" como ela é e se apresenta. Batem-se no ponto de que no Umbandismo existe a manifestação dos espíritos e no Espiritismo, também!

Todos sabem que quem particularizou o termo espiritismo foi Allan Kardec, para traduzir por ele certos ensinamentos dos espíritos. A palavra espírito se perde na antiguidade, dentro dos livros religiosos de vários povos, inclusive nos Vedas, dos Brahmas, no Livro dos Mortos dos Egípcios, nas obras de Fo-HY, um dos mais antigos sábios da China, na Bíblia de Moysés, na Kabala dos Judeus, nos evangelhos ditos de Cristo, etc...

Mas, que se deve entender realmente por espiritismo? Segundo Kardec, é a doutrina dos espíritos. Como vêem, pelo exposto, revelar a doutrina ou as coisas do espírito não foi privilégio nem de uns ou de outros. Diremos, pois, que a doutrina espírita ou Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os espíritos ou seres do mundo invisível, etc..

Estas relações, esta doutrina, que também traduzem as Eternas verdades, são tão velhas quanto a própria humanidade, porquanto podem ser identificadas nestes ditos antigos e sagrados livros das mais velhas religiões do mundo. Kardec codificou, isto é , propagou, apenas parte destas antigas verdades - reveladas pelos espíritos de acordo com a época - expressões de uma Lei, imutável, que vêm sendo confirmadas e ampliadas dentro das nossas Linhas de Umbanda, por grandes instrutores, espíritos altamente evoluídos, que consideramos como Orixás intermediários e Guias, que têm como missão precípua reconstituir as partes restantes, ou seja....o todo....

O que ressalta então, claramente do exposto? Que há uma certa identidade entre o Espiritismo e a Umbanda. Esta identidade se verifica, quanto à Doutrina, à manifestação e comunicação dos espíritos, pelo fator mediúnico, bem como pela parte científica, filosófica e moral, etc...Mas, sobrepõe-se logo, numa comparação, o seguinte: a Lei de Umbanda NÃO É o
Espiritismo, apenas. Este, com todo seu conteúdo, e que faz parte da Umbanda, isto é, se integra ou se absorve nela, faz parte dela!

Na Umbanda, além da parte filosófica, científica, doutrinária e dos fenômenos da mediunidade, pela manifestação, desta ou daquela forma, dos espíritos, formando estas coisas, os atributos principais e tacitamente reconhecidos como particularizando a Escola Kardecista, tema Umbanda ainda, bem definido, o aspecto propriamente dito de uma Religião, pela Liturgia, Ritual, Simbologia, Mitologia, Mística, bem como pela Magia, Astrologia esotérica e outras correlações de Forças NÃO PRATICADAS no denominado espiritismo,e portanto inexistentes neste!
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Fonte: Umbanda Sagrada - Rubens Saraceni.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O DISCURSO DISCRIMINADOR DO MARABAIXO

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Não é de hoje que o marabaixo é discriminado. Aliás, as manifestações culturais de origem africana sempre foram vistas como ilegais ao longo da história do Brasil. Do samba à religião, seus promotores foram vítimas de denúncias que os boletins de ocorrências policiais e os processos judiciais relatam como vadiagem, prática de falsa medicina, curandeirismo e charlatanismo, entre outras acusações, muitas vezes com prisões e invasões de terreiros.

Essa discriminação ocorreu - e ainda ocorre - em contextos históricos e sociais diferenciados, e veio produzida por instituições que tinham o objetivo de combater o que lhes fosse ameaçador ou que achassem associadas às práticas diabólicas, ao crime e à contravenção.

No caso do marabaixo, há anos venho relatando episódios de confronto entre a igreja católica (e seus prepostos eclesiásticos e seculares), e os agentes populares do sagrado, estes que, por serem afro descendentes, mestiços e principalmente por serem pobres, foram e são discriminados, visto o ranço estereotipado de que são “gente ignorante” e supersticiosa.

É do século XIX a influência do evolucionismo que tomava como modelo de religião “superior” o monoteísmo cristão e via as religiões de transe como formas “primitivas“ ou “atrasadas” de culto. Para Vagner Gonçalves da Silva (Revista Grandes Religiões nº 6), nesse tempo “religião” opunha-se a “magia” da mesma forma que as igrejas (instituições organizadas de religião) opunham-se às “seitas” (dissidências não institucionalizadas ou organizadas de culto).

É do século XIX também os primeiros escritos sobre o marabaixo. Em um deles um anônimo articulista o ataca, dizendo-se aliviado porque “afinal desapareceu o infernal folguedo, a dança diabola do Mar-Abaixo”. Ele afirma que “será uma felicidade, uma ventura, uma medida salutar aos órgãos acústicos se tal troamento não soar mais...”. Na sua narrativa preconceituosa vai mais além ao dizer que “Graças ao Divino Espírito-Santo, símbolo de nossa santa religião, que só exige a prática de boas ações, não ouviremos os silvos das víboras que dançam ao som medonho dos gritos dos maracajás (...), que é suficiente a provocar doudice a qualquer indivíduo”. Assevera adiante “Que o Mar-Abaixo é indecente, é o foco das misérias, o centro da libertinagem, a causa segura da prostituição”. E finaliza conclamando “Que os pais de famílias, não devem consentir as suas filhas e esposas freqüentarem tão inconveniente e assustador espetáculo dessa dança, oriunda dos Cafres”. (Jornal Pinsonia, 25 de junho de 1898).

Discursos de difamação do marabaixo como este e a posição em favor de sua extinção ocorreram seguidamente. O próprio padre Júlio Maria de Lombard quebrou a coroa de prata do Espírito Santo que estava na igreja de São José e mandou entregar os pedaços aos festeiros. O povo se revoltou e só não invadiu a casa padre para matá-lo graças á intervenção do intendente Teodoro Mendes.

Com a chegada do PIME – Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras - em Macapá (1948) o marabaixo sofreu um período de queda, mas suportado com tenacidade por Julião Ramos, que não o deixou morrer. Tiraram-lhe inclusive a fita da irmandade do Sagrado Coração de Jesus, da qual era sócio fiel.

Nesse período os padres diziam que o marabaixo era macumba, que era coisa ruim, e combatiam seus hábitos e crenças, tidos como hediondos e pecaminosos, do mesmo jeito que seus antecessores o fizeram no tempo da catequização dos índios. Mas o bispo dessa época, D. Aristides Piróvano, considerava Mestre Julião “um amigo” (Ver Canto, Fernando in “A Água Benta e o Diabo”. Fundecap, 1998).
O preconceito dos padres italianos com o marabaixo tem apoio num lastimável “achismo”. Os participantes são católicos e crêem nos santos do catolicismo, tanto que a festa é dedicada ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade e não a entidades e voduns como pensam. Nem ao menos há sincretismo nele.

E se assim fosse? Qual o problema? Antes de emitirem um julgamento subjetivo sobre um fato cultural é preciso conhecê-lo. É preciso ter ética. Ora, sabe-se que todos os sistemas religiosos baseiam-se em categorias do pensamento mágico. Uma missa ”comporta uma série de atos simbólicos ou operações mágicas” (Vagner Silva op. cit.). Observe-se as bênçãos, a transubstanciação da hóstia em corpo de Cristo, por exemplo. Um ritual de umbanda comporta a mesma coisa.

O marabaixo tem rituais próprios, ainda que um tanto diferentes. Por isso e apesar do preconceito ainda sobrevive. Valei-nos, Santo Negro Benedito!
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Do Web Jornal: Corrêa Neto - Por Fernando Canto (Sociólogo)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Arte e solidariedade no show Terra: um Canto de Paz

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É hoje, 10 de junho, o show do cantor e compositor amapaense Alan Yared. O espetáculo terá um pouco de pop rock, mas o forte será o estilo regional. Sucessos de artistas nacionais como Supla irão se encontrar com estilos completamente diferentes, como de Vicente Celestino, Cartola, Raul Seixas e Lô Borges. Aqui do Amapá o regional terá atrações como os sucessos de Joãozinho Gomes e presença de Zé Miguel, Beto Oscar, Cleverson Bahia e outros. A atualidade amapaense será representada por Karol, que fez sucessos com o show Divas, e das banda Dezoito 21 e Afro Rap.

Com uma carreira iniciada ainda na infância, Alan começou formando bandas de garagem e a partir da década de 90, começou a compor e participar de festivais aqui do Amapá e fora do Estado, shows e mostras de músicas autorais. Com o Tributo à Legião Urbana percorreu vários municípios e em 2008 gravou um cd single com uma crítica ao imperialismo dos Estados Unidos, o Sai For a Tio Sam. Durante o Fórum Social Mundia deste ano, Alan se apresentou no evento e vendeu mais de 200 cópias do cd single.

Terra: Um Canto de Paz, título do show, terá também um cunho social. Parte da renda será para ajudar a creche Irmã Carmela Bonassi, no bairro Marabaixo. Inicia às 20:30, no Teatro das Bacabeiras. O ingresso está sendo vendido a R$ 12,00, meia: R$ 6,00.
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Mariléia Maciel
Assessora de Comunicação
Mais informações: 8116-6687